As cicatrizes são sinais visíveis que permanecem após uma ferida ser curada, sendo resultado inevitável de lesão ou cirurgia e seu desenvolvimento pode ser imprevisível. A má-cicatrização pode contribuir para o surgimento de marcas desfavoráveis. Mesmo uma ferida que cicatriza bem pode resultar em uma cicatriz precária em sua aparência. E, apesar da correção proporcionar resultado estético mais agradável ou melhorar a aparência, ela não pode ser completamente apagada.
A cirurgia de correção reduz a cicatriz, de modo que fique mais uniforme com o tom de pele e a textura circundante. As opções de tratamento variam de acordo com o tipo e o grau de cicatrização e podem incluir tratamentos tópicos simples, procedimentos minimamente invasivos e revisão cirúrgica com técnicas avançadas de fechamento da ferida.
A correção cicatricial é a cirurgia plástica realizada para melhorar a condição ou a aparência de uma cicatriz em qualquer parte do corpo, sendo que elas não prejudicam a função ou causam desconforto físico. Os tipos mais comuns são cicatrizes hipertróficas (aglomerados espessos de tecido cicatricial, altos, vermelhos e/ou desconfortáveis), queloides (maiores que as hipertróficas e podem ser dolorosas ou com prurido e, também, podem enrugar) e contraturas (cicatrizes que restringem o movimento devido à junção da pele e do tecido subjacente durante a cicatrização).
O tipo de cicatriz é que irá determinar as técnicas adequadas que o cirurgião plástico irá usar para suavizá-la.
A fase inicial de cicatrização pode apresentar inchaço localizado, descoloração ou desconforto e pode levar de 1 a 2 semanas. A cicatrização continuará por várias semanas. Com a dermoabrasão, o peeling químico, ou resurfacing a laser, as condições nas áreas tratadas serão as mesmas, além da sensibilidade em geral.
O tratamento de queimaduras é um processo que necessita de avaliação e cuidados médicos desde os primeiros momentos até a hora em que se decide por uma intervenção cirúrgica, a fim de corrigir as imperfeições na pele provocadas pelas queimaduras previamente tratadas.
É importante ressaltar que as queimaduras são de três tipos (primeiro, segundo e terceiro graus) e nem todas exigem cirurgia para reparação dos danos, sendo que cada uma requer um cuidado específico, dependendo do agente causador, da extensão e da profundidade dos ferimentos.
Não há necessidade de cirurgia nas queimaduras de 1º grau, pois elas são superficiais e cicatrizam sozinhas. Nesse caso, são utilizados hidratantes e géis para aliviar a dor. Já as queimaduras de 2º grau já podem necessitar de reparo cirúrgico, principalmente as mais profundas. Dependendo da extensão, pode ser retirada aquela área queimada e suturada ou realizado um enxerto de pele, que é um autotransplante de pele íntegra de outra área do corpo para restaurar aquela que foi perdida.
As queimaduras de 3º grau sempre precisam de cirurgia para sua resolução, pois a pele é totalmente destruída e perde a capacidade de cicatrização, sendo necessário pelo menos um procedimento cirúrgico para retirada da derme necrosada. Esta cirurgia é chamada de debridamento, feita sob anestesia e no centro cirúrgico. Em seguida, é realizado o enxerto de pele. Entre esses procedimentos, as queimaduras são tratadas com curativos específicos e analgésicos.
Casos mais complexos, como queimaduras elétricas, podem necessitar de técnicas mais elaboradas de correção com retalhos cutâneos, ou seja, transferência de pele e gordura, ou ainda com músculo associado. Nessa fase ainda podem ser usadas as matrizes de regeneração dérmica, que são um tipo de pele artificial.
As queimaduras e seus procedimentos cirúrgicos são complexos e demandam cuidados especiais, principalmente contra infecções e hematomas, que podem comprometer os resultados da cirurgia. O principal objetivo desse procedimento é a recuperação das estruturas destruídas, sempre com o valor estético, focando no bem-estar do paciente. O período de recuperação total após a cirurgia de queimadura é de 14 a 21 dias.
A úlcera de pressão pode ser definida como uma lesão de pele causada pela interrupção sanguínea em uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um período prolongado. Também é conhecida como úlcera de decúbito, escara ou escara de decúbito.
De acordo com a gravidade da lesão, elas podem ser classificadas em quatro graus: eritema ou hiperemia (grau 1), em que a lesão atinge as camadas superficiais da pele; isquemia (grau 2), quando o ferimento compromete todas as camadas da pele e o tecido subcutâneo; necrose (grau 3), que ocorre quando a lesão atinge o tecido muscular; e a ulceração (grau 4), quando a lesão progride em profundidade, destruindo a pele e os músculos e deixando os ossos e articulações expostos.
O tratamento para as escaras varia de acordo com a gravidade e extensão das lesões. As de grau 1 e 2 e até mesmo 3, se forem pequenas, costumam regredir, desde que a pressão sobre a pele seja interrompida e os cuidados preventivos, mantidos. Há casos, porém, em que pode ser necessário recorrer ao uso de antibióticos e curativos especiais.
Já as úlceras de grau 4 podem demandar uma intervenção cirúrgica de desbridamento para eliminar os tecidos infectados e mortos, assim como um transplante de pele para facilitar o fechamento da ferida. Existem dois tipos de cirurgia que podem ser feitos: a escarectomia, cirurgia na qual é retirada toda a região necrosada, e a osteotomia, procedimento que retira partes ósseas debaixo da escara. Nesse caso, podem ser feitas coberturas especiais para cada ferida.
A melhor forma de lidar com esse tipo de ferida é evitar que se formem em áreas sensíveis. Existem maneiras de prevenir o surgimento de úlcera de pressão em pessoas com maior risco, tais como não esfregar a pele durante a realização dos cuidados básicos, utilizar almofadas de proteção para aliviar a pressão nas regiões suscetíveis, secar bem a pele depois do banho e usar hidratantes com frequência.